1. |
Anunciação
04:34
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letra e música: Edgar Valente
com a participação especial do Coro dos Anjos e Yaw Tembe (trompete)
Ora Pro Nobis !
rezai por nós
que a gente já não sabe
como se fazia antigamente
p’ra falar com quem não mora cá
com o lado de lá
cá
lá
cá o fogo que se apaga
é o fumo que fica no ar
como se fazia antigamente
p’ra falar com o lado de lá
com quem não mora cá
lá
cá
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2. |
Bem Bonda
08:13
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Letra: Edgar Valente e Gil Dionísio
Música: Criatura com a participação especial do Coro dos Anjos
bate o pé, bate o pé amigo !
bate o pé, que eu bato contigo !
Bem Bonda o pão que está caro
quanto mais a fome
Bem Bonda as carnes
quanto mais o que a gente come
bate o pé, bate o pé amigo !
Bem Bonda !
bate o pé, que eu bato contigo !
Bem Bonda !
Bem Bonda a gente que fala
e não se chega à frente
Bem Bonda p’ra daz voz ao corpo
que aconchega a gente
Bem Bonda que o peito bate
e a gente não fala
quanto mais o que o corpo sabe
e a gente cala
e agora se é hora
se a hora te diz
outrora só chora
só chora quem quis
que a Aurora é agora
bate o pé e diz:
Bem Bonda!
Bem Bonda!
Bem Bonda, que é como quem diz já chega
porque me aperta o peito e falta-me o jeito
quando o mundo me deixa assim, desfeito
na sugestão perfeitamente natural
de que o atrito e o afecto
são supostamente um casal perfeito
já chega! Bem Bonda!
e tudo mais é respeito
que é como quem diz
outra coisa qualquer
que não se dê ao efeito
de se fazer ser
p’ra que eu diga:
eu aceito.
quando aquilo que eu queria dizer é:
já chega!
e o preceito, qual preceito?
e tudo isto é feito, por quem?
tudo isto é gente, tudo isto é sentir
já chega, Bem Bonda!
que é como quem diz
já chega, Bem Bonda!
que é como quem diz:
estamos juntos!
estamos juntos!
mas não tem jeito se nos querem impor e ditar o fazer
e o que faço com o meu peito se nos querem impor e ditar o sentir
porque eu sou uma Criatura que sente.
e nós, chegamos à frente e dizemos:
Bem Bonda, Bem Bonda, Bem Bonda, Bem Bonda
Bem Bonda, Bem Bonda, Bem Bonda, Bem Bonda
Bem Bonda, Bem Bonda, Bem Bonda, Bem Bonda
Bem Bonda, Bem Bonda, Bem Bonda, Bem Bonda
e agora se é hora
se a hora te diz
outrora só chora
só chora quem quis
e agora se é hora
se a hora te diz
outrora só chora
só chora quem quis
e agora se é hora
se a hora te diz
outrora só chora
só chora quem quis
e agora se é hora
se a hora te diz
que a Aurora é agora
bate o pé e diz:
Bem Bonda! Bem Bonda!
bate o pé! bate o pé!
bate o pé! pé! pé! pé!
Bem Bonda! Bem Bonda!
Bem Bonda! Bem Bonda!
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3. |
Lobbysómem
06:08
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letra: Edgar Valente e Gil Dionísio
música: Edgar Valente
esteja a lua cheia ou vazia
ele sai à noite e de dia
puxa o lustro ao pêlo, lima a unha
deixa a porta aberta, mete a cunha
vai de vale em vale lavra tudo
para lá dos montes vale tudo
e o lobby, essa figura imaginária,
saiu à rua e sem a lua,
transformou-se no Lobbysómem
áááuuuu !!!
esta noite o Lobbysómem vai sair
escondai os tachinhos todos
Lobbysómem vai rapá-los todos
áááuuuu !!!
esta noite o Lobbysómem vai sair
escondai os tachinhos todos
Lobbysómem vai rapá-los todos
áááuuuu !!!
esta noite o Lobbysómem vai sair
escondai os tachinhos todos
Lobbysómem vai rapá-los todos
esteja a lua cheia ou vazia
ele sai à noite e de dia
puxa o lustro ao pêlo, lima a unha
deixa a porta aberta, mete a cunha
vai de vale em vale lavra tudo
para lá dos montes vale tudo
Lobbysómem ó bicho despojo
já te montámos o fojo
cá, cá calharás, cá calharás!
cá, cá calharás, cá calharás!
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4. |
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música: Gil Dionísio
Música sem letra
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5. |
Da Praxe
09:23
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letra: Edgar Valente e Gil Dionísio
música: Edgar Valente
a praxe é a verdadeira arte da imitação
para ver quem imita primeiro
praxe ao primeiro imitadeiro.
eu quero fazer parte da tradição
eu, a tradição
eu quero, eu sou, a tradição
a tra-di-ção
eu andei na catequese
sem saber a’onde andava
eu andei na catequese
andei lá mas nem lá estava
eu andei na catequese
sem ninguém me obrigar
eu andei na catequese
andei lá só por andar
ahhh.. está bem está.
andaste na catequese
andavas lá mas nem andavas
andaste na catequese
estavas lá mas nem lá estavas
andaste na catequese
sem ninguém te obrigar
andaste na catequese
andaste só por andar
então deixa que te diga:
não te metas se não sabes onde te estás a meter !
não te metas se não sabes onde te estás a meter !
não te metas se não sabes onde te estás a meter !
não te metas se não sabes o que andas a fazer.
eu andei na faculdade
sem saber a’onde andava
eu andei na faculdade
porque alguém m’a pagava
eu andei na faculdade
fiz tudo só não estudava
eu até andei na praxe
como a tradição mandava
andaste na faculdade
estavas lá mas nem lá estavas
andaste na faculdade
porque alguém t’a pagava
andaste na faculdade
fizeste tudo nem estudavas
até andaste na praxe
como alguém te mandava
então deixa que te diga
não te metas se não sabes onde te estás a meter !
não te metas se não sabes onde te estás a meter !
não te metas se não sabes onde te estás a meter !
não te metas se não sabes onde te estás a meter !
não te metas se não sabes onde te estás a meter !
não te metas se não sabes onde te estás a meter !
não te metas se não sabes onde te estás a meter !
não te metas se não sabes o que andas a fazer .
o que andas a fazer
o que andas a aprender
no que andas a crer
se é da Praxe, deixa de ser !
eu queria ser da tradição
eu queria ser da tradição
eu queria ser da tradição
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6. |
O Padeiro - Parte 1
06:45
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letra: Gil Dionísio
música: Criatura
num futuro muito à frente,
onde as casas são de outra forma
e as ruas estendem-se por outros tramas, outras ganas
sem arruaceiros, sem medo, sem fronteiras
num futuro muito à frente
onde somos melhor gente,
conta-se uma história,
lenda de outros sonhos:
havia um homem que no Natal vinha de saco cheio
trazia o ar, a raíz, a colheita, a semente
e a gente que está bem diferente
porque o Padeiro já não vem no Natal
que o Padeiro já não vem no Natal
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7. |
O Padeiro - Parte 2
05:21
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etra e música: Edgar Valente
com a participação especial do Coro dos Anjos
e o Padeiro ainda há-de ser passado
e o papo seco embalsamado
e com tudo o que fermenta
sei lá se o Natal aguenta
ao pão que é pedra-pão
de tanto azedo
e a masseira em seu ar amassada
pela máquina ultrapassada
e a criança que era mágica
deixara a feitiçaria
fora a tecnolutopia
que a fintou
e o Padeiro já não vem no Natal
que o Padeiro já não vem no Natal
e eu já estou farto,
farto enfadado,
do mesmo fado
desta dor que nem tão pouco é minha
e quanto mais
a gente o canta
mais a alma dói
mais o corpo mói
deixa lá
tanta saudade
que a liberdade
também corre em águas paradas
e venha o mar
lava-me as águas
e cura-me as mágoas
reaviva a memória
conta-me outra história
que o Padeiro já não vem no Natal
que o Padeiro já não vem no Natal
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8. |
O Namoro
00:59
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música: Gil Dionísio
Música sem letra
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9. |
A Noiva
07:41
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etra: Gil Dionísio e Edgar Valente
música: Gil Dionísio
com a participação especial do Coro dos Anjos
olha a Noiva se vai linda olha a Noiva que vai linda ai, se vai linda
olha a Noiva que vai linda olha a Noiva que vai linda ai, se vai linda
não faço caso de casar mas quero um par p’ra parar p’ra me parar o pulsar ao vê-la noiva um dia ai nem sei o que faria
quero pedir-te em namoro deixas ser adiantado? é que agora não dá jeito, ando muito atarefado
com as voltas que a vida dá e com as voltas que à vida damos
vou batendo à porta do meu amor será em mim que ele mora? e vou batendo à porta do meu amor será que ainda demoras? será?
na tua garrida saia, na tua garrida saia ai que não me caia, ai que não me caia o meu eu, sou eu sem ti, em mim em nós
na tua garrida saia, na tua garrida saia ai que não me caia, ai que não me caia sou eu, meu eu, em nós, sem ti, sem mim só nós e
trago o troco de um corpo laço bem dentro do peito só eu sou suspeito do meu embaraço e faço festa no teu regaço
ai o meu eu, sou teu, sou eu, eu sou o vendaval, eu sou o enxoval,
ai sou um homem casado sou um homem casado
olha a Noiva que vai linda olha a Noiva que vai linda olha a Noiva que vai linda olha a Noiva que vai linda olha a Noiva se vai linda!
olha a Noiva que vai linda!
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10. |
O Encanto
03:47
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música: Gil Dionísio
Música sem letra
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11. |
À Mãe
03:17
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letra e música: Edgar Valente, Iúri Oliveira
minha Mãe leva-me à fonte
de volta p’ra onde eu vim
cobre-me de preto carvão
diz-me que desnasci
p’ra ficar em teu abraço
ventre do amor sem fim
sou fruto do teu cansaço
abro o espaço que há em ti
e minha Mãe leva-me à fonte
para eu molhar a garganta
beija-me à boca do rio
mata-me a sede que é tanta
canta canta ó voz agulha
berra-te debaixo de água
rebenta pelas costuras
transmuta em luz toda a mágoa !
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Criatura Portugal
A origem da Criação é por definição, sem testemunhas. A única realidade perceptível é o fruto da criação, a Criatura.
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